Foi com alguma surpresa que no ínicio desta semana li um comunicado a anunciar o fim dos REM. Fiquei surpreso e triste também.
"...despedimo-nos com grande sentido de gratidão, completude e espanto por tudo o que alcançamos. A todos os que alguma vez se sentiram tocados pelo nossa música, o nosso mais profundo agradecimento por nos terem ouvido".
Trinta anos e 15 albuns depois do ínicio os REM anunciaram o fim de um caminho repleto de belos albuns e de grandes canções. Na história ficam os discos "Out of Time" e "Automatic for the People" e sucessos como "Man of the moon", "Drive", "Losing my religion", "The one i love", entre muitos outros.
Na verdade eu não sou daqueles tipos de andar com os discos da banda de um lado para o outro e de os ouvir em todo o lado, mas o respeito que tenho por eles é grande. São uma banda sobrevivente aos anos 80 e que manteve a verdadeira essência do seu aparecimento e crescimento. "Out of time", bem perto do ínicio dos anos 90 abriu-lhes a porta à fama planetária, deu-lhes milhões de admiradores e com todo o mérito, inteligentemente, geriram a fama e a sua sonoridade. Respeito-lhes muito por isso, por nunca se mostrarem sensiveis aos condicionalismos que a pressão vinda das editoras, fans ou comunicação social impõe. Foram grandes, muito grandes, uma mega banda ao nível das grandes bandas e sairam por cima.
Nunca os vi ao vivo e essa é a pedra que fica no sapato, mas como depois dos fins existem as reuniões, quem sabe se um dia não terei chance de os ver. Os James que em Manchester anunciaram o fim, voltaram e por cá andam. Voltei a vê-los num concerto brilhante.
A última linha fica para o carisma de Michael Stipe, um grande vocalista com uma voz intemporal e um frontman de alto calibre.
Que toquem os discos !
Sérginho
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